vert

Mercado Imobiliário 2025: Como os Juros Altos e o Crédito Caro Estão Redesenhando as Vendas e os Lançamentos no Brasil

Introdução

O mercado imobiliário brasileiro sempre foi altamente sensível ao cenário econômico, especialmente às taxas de juros e ao acesso ao crédito. Nos últimos três meses, o setor tem vivido uma combinação de estabilidade e desafios. De um lado, os números de vendas e lançamentos permanecem em crescimento moderado; de outro, o peso da Selic elevada encarece o financiamento e freia o apetite de parte dos compradores e incorporadoras.

Neste artigo, vamos analisar como os juros altos, a oferta de imóveis, os programas habitacionais e as estratégias das incorporadoras estão redesenhando o cenário do mercado imobiliário em 2025 — e o que esperar para os próximos meses.


O peso dos juros na decisão de compra

Atualmente, a Selic se mantém em patamar elevado, acima de 15% ao ano. Isso significa que o financiamento imobiliário, principal forma de aquisição para a maioria das famílias brasileiras, está mais caro.

Quando os juros sobem, duas coisas acontecem:

  1. O valor da parcela aumenta, reduzindo a capacidade de compra das famílias.

  2. A exigência de renda e entrada maior cresce, deixando parte dos potenciais compradores de fora.

Esse cenário tem reduzido o ritmo de vendas em segmentos de médio e alto padrão, onde o financiamento é essencial. Já o mercado de luxo, que depende menos de crédito, sofre impacto menor.


Vendas e lançamentos: estabilidade com nuances

Apesar do ambiente de juros altos, o mercado não parou. Pelo contrário: o primeiro semestre de 2025 registrou crescimento de quase 10% nas vendas em comparação ao mesmo período de 2024. Os lançamentos também subiram cerca de 7%.

O que explica esse movimento?

  • Demanda reprimida: muitas famílias que aguardavam estabilidade decidiram comprar.

  • Programas habitacionais: o Minha Casa Minha Vida impulsionou a faixa popular.

  • Incorporadoras mais seletivas: lançando projetos com maior liquidez e demanda real.

No entanto, especialistas apontam que essa estabilidade pode esconder uma cautela maior das empresas, principalmente no segmento médio e alto. Ou seja, o setor cresce, mas com mais estratégia e menos risco.


Estoque de imóveis: a oferta está caindo

Um dado relevante dos últimos meses é a queda no estoque de imóveis disponíveis, mesmo com o aumento de lançamentos. Isso indica que a procura ainda é consistente e que os imóveis lançados estão sendo absorvidos rapidamente pelo mercado.

Para os compradores, isso pode representar valorização nos preços. Para as incorporadoras, abre espaço para novos lançamentos, desde que consigam equilibrar os custos de construção e o preço final para o consumidor.


O protagonismo do Minha Casa Minha Vida

Se os juros altos dificultam o financiamento bancário tradicional, os programas habitacionais têm sido um alívio para o mercado. O Minha Casa Minha Vida (MCMV) foi responsável por uma fatia expressiva das vendas em 2025, especialmente nas faixas mais acessíveis.

Esse protagonismo mostra duas tendências:

  • A força da demanda popular: grande parte dos brasileiros ainda busca o primeiro imóvel.

  • A relevância do subsídio governamental: sem ele, a desaceleração seria mais forte.

Incorporadoras têm ajustado seus portfólios para atender esse público, muitas vezes adaptando projetos para enquadrar os valores dentro das regras do programa.


O desafio dos custos de construção

Além dos juros, outro ponto que preocupa as empresas é o aumento do custo de construção. A inflação de materiais e a pressão trabalhista elevam o orçamento das obras. Isso limita a margem de lucro e exige mais eficiência na gestão dos empreendimentos.

Com margens mais apertadas, o mercado passa a valorizar ainda mais soluções como:

  • Gestão digitalizada de vendas (CRMs especializados).

  • Parcerias estratégicas com investidores.

  • Inovações em marketing e captação de clientes.


Expectativas regulatórias e do crédito

Outro tema recorrente é a regulação do crédito. Mudanças nas regras de financiamento habitacional, como exigências de entrada maior e limites para o valor financiável, têm exigido ajustes na estratégia das construtoras e incorporadoras.

O mercado aguarda sinais do governo sobre possíveis flexibilizações ou novos incentivos para manter o ritmo de crescimento, especialmente em um ano de incertezas econômicas.


Como as incorporadoras estão se adaptando

Para enfrentar esse cenário, muitas empresas estão apostando em três frentes:

  1. Foco no mercado popular: onde a demanda é mais previsível e conta com subsídio governamental.

  2. Projetos mais enxutos e assertivos: evitando empreendimentos arriscados em regiões de menor liquidez.

  3. Tecnologia na gestão de vendas: CRMs, inteligência artificial e automação para otimizar o funil comercial.

Essas estratégias permitem manter o fôlego mesmo em um ambiente de crédito caro e consumidores cautelosos.


O que esperar para os próximos meses

A tendência é que o mercado imobiliário siga em estabilidade moderada até que haja uma sinalização clara de queda nos juros. Enquanto isso:

  • A demanda popular continuará forte, sustentada pelo Minha Casa Minha Vida.

  • O segmento de médio e alto padrão deve permanecer cauteloso, com lançamentos mais seletivos.

  • Preços podem subir em algumas regiões, devido à queda na oferta de imóveis disponíveis.

  • Incorporadoras que se adaptarem com tecnologia e gestão eficiente terão mais competitividade.


Conclusão

O mercado imobiliário brasileiro, mesmo em um ambiente de crédito caro, mostra resiliência. A combinação de programas habitacionais, demanda reprimida e lançamentos estratégicos tem sustentado o crescimento, ainda que com desafios.

Nos próximos meses, tudo dependerá da política monetária e da evolução da economia. Enquanto os juros se mantiverem altos, o mercado seguirá equilibrando crescimento e cautela. Para investidores, incorporadores e compradores, o cenário exige atenção, planejamento e, principalmente, estratégia.



Resumo prático:

  • Juros altos = crédito caro = impacto em médio e alto padrão.

  • Vendas e lançamentos crescem, mas com cautela.

  • Estoque menor pode pressionar preços.

  • Minha Casa Minha Vida é o motor do setor.

  • Expectativa é de estabilidade até queda dos juros.

Conheça o IMOBMEET CRM, uma plataforma de CRM da venda ao pós-vendas.

– Gestão de Leads
– Gestão de Atendimento
– Gestão de Vendas
– Gestão de Contratos e Propostas
– Gestão de Recebíveis
– Gestão pós-vendas
– Integração ERP (Sienge, UAU, Informakon e outros).
E muito mais.

Compartilhe esse conteúdo

Chegou a hora de organizar escalar suas vendas!

Agende agora uma demonstração gratuita.

Preencha com seus dados o formulário abaixo

Apresentação:

Gestão:

Fale com Vendas